domingo, 14 de novembro de 2010

Andreas Kisser no Tom Jazz

O guitarrista do Sepultura Andreas Kisser se apresentou nessa sexta-feira passada no Tom Jazz em São Paulo. No repertório, músicas de seu primeiro álbum solo,HVUBRIS I & II, que foi indicado ao Grammy Latino desse ano, e músicas do Sepultura. O show contou com a participação do músico Davi Morais e do Maestro Alexey kurkdjian.

Assista trechos do show no vídeo abaixo:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Planeta Terra Festival 2010 traz ações de sustentabilidade

Com patrocínio da HP, TERRA prepara ações de sustentabilidade para o seu Festival e deve reciclar este ano, junto à ONG Recicleiros, 100% dos resíduos gerados

O Terra realiza este ano a quarta edição do Planeta Terra Festival, que acontece no dia 20 de novembro, no PlayCenter, em São Paulo, com muita música e diversão, mas também com uma preocupação com o meio ambiente. O público presente, estimado em 20 mil pessoas, será alvo de campanhas de conscientização e ações de sustentabilidade promovidas pelo Terra, em parceria com a Recicleiros (www.recicleiros.com.br), e com a HP, que é a patrocinadora de todas as iniciativas de sustentabilidade do Festival.

Durante as mais de 10 horas de festival, cerca de 30 pessoas da cooperativa “Cooper Viva Bem”, parceira da Recicleiros, irão trabalhar incessantemente na coleta, reciclagem, e gestão de resíduos. A previsão é reciclar 100% dos resíduos, totalizando três toneladas de material – uma tonelada a mais que em 2009. Para isso, 200 lixeiras de recicláveis e não recicláveis serão espalhadas pelo festival. As bitucas de cigarro também já têm destino: a organização irá distribuir sete mil “bota bitucas” - 2 mil a mais que em 2009.

Segundo Erich Burger Netto, da Recicleiros, toda a renda obtida na reciclagem durante o evento é convertida para benefícios da cooperativa. “Esta ação é de suma importância, não apenas do ponto de vista do meio ambiente, como também para a inclusão social dos integrantes da Cooperativa”, afirma Erich.

A HP, que patrocina as ações de sustentabilidade do evento, também promove campanha que mobiliza os participantes a levarem cartuchos e equipamentos de informática da marca para reciclagem. A campanha já está no ar e todos que aderirem irão ganhar um brinde especial no dia do evento ao depositarem os produtos em urnas especiais dispostas na entrada do evento. “Os produtos e cartuchos da HP recolhidos nesta ação seguirão para o Programa de Reciclagem da companhia, que transforma o que for recolhido em novos produtos”, afirma Fernando Lewiw, vice-presidente de Imagem e Impressão da HP Brasil.

Além das ações locais, a organização do evento prevê o plantio de árvores nativas da mata atlântica em áreas de preservação permanente, para compensação voluntária de emissões poluentes. Em 2009, 508 árvores foram plantadas para compensar as emissões de dióxido de carbono.

Histórico

Desde sua primeira edição, em 2007, o Planeta Terra desenvolve ações de cuidado com o meio ambiente, minimizando os impactos do festival. Na edição de 2009 o Planeta Terra reciclou 100% dos resíduos gerados durante o evento. Coletores de resíduos e um centro de triagem e preparação de resíduos para reciclagem foram instalados no PlayCenter e funcionaram durante as 12 horas do festival. Por todo o evento foram posicionadas cerca de 200 lixeiras de acordo com o sistema recicláveis (verde) e não recicláveis (preto).

A ONG Recicleiros contou com uma equipe de 32 pessoas da Cooper Viva Bem, que fez a coleta de latas, papelões, plásticos, madeiras, tecidos, lonas, vidros e outros materiais para posterior separação, compactação e envio para reciclagem. Ao todo, mais de duas toneladas de resíduos foram triadas e recicladas, 508 árvores foram plantadas para compensar as emissões de dióxido de carbono e 5 mil porta bitucas foram distribuídos ao público para conter o descarte de microlixo.

Atrações

A quarta edição do Planeta Terra Festival 2010 no dia 20 de novembro, no Playcenter, em São Paulo, com censura de 18 anos e produção da B\Ferraz, acontecerá mais uma vez no PlayCenter, com seus 80 mil m2, uma estrutura que inclui dois palcos (Sonora Main Stage e Gillette Hands Up \o/ Indie Stage), praça de alimentação, muitas áreas de lazer e bares, para um público esperado de 20 mil pessoas e mais de dez horas de som.

As atrações Smashing Pumpkins, Pavement, Phoenix, Mika, Of Montreal, Novos paulistas e Mombojó se apresentarão no Sonora Main Stage. Já no Gillette Hands Up \o/ Indie Stage, estarão Girl Talk, Empire of the Sun, Hot Chip, Passion Pit, Yeasayer, Holger, Hurtmold e República.

Os ingressos para o festival, colocados à venda pelo Terra a partir do dia 1º de agosto, estão esgotados desde o dia 07 de setembro, mas todos os shows serão transmitidos ao vivo em três canais simultâneos pelo Terra TV (www.terratv.com.br) no dia do evento.

As portas do PlayCenter serão abertas para o público às 13 horas, com alguns brinquedos funcionando até às 21 horas (Cataclisma, Wave Swinger, Barco Viking, Swing Dance, Waimea, Sky Coaster, Monga e Windstorm) e outros até às 05 horas da manhã (Boomerang, Evolution, Auto Pista, Double Shock, Looping Star, Turbodrop e Magic Motion).

Todas as informações sobre o festival podem ser encontradas no site www.planetaterra.com.br

Serviço - Planeta Terra Festival 2010

Quando: 20 de novembro de 2010

Onde: PlayCenter - São Paulo

Abertura das portas: 13h

Censura do evento: 18 anos

Site Oficial: www.planetaterra.com.br

Twitter Oficial: http://twitter.com/planeta_terra

Transmissão dos shows: www.terratv.com.br

Agora você pode conferir o que toda a equipe apronta nos bastidores do programa! Assista:


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Banda de metal Cradle of Filth faz dois shows no Brasil


A banda inglesa de gothic/black metal Cradle of Filth fará dois shows no Brasil. As apresentações acontecerão nos dias 18 de dezembro em São Paulo (Carioca Club) e 19 de dezembro em Porto Alegre (Bar Opinião). Esta é a segunda vez que eles vêm ao país; a primeira foi em 2004, quando fizeram apresentação única na capital paulista.


Os shows são os últimos desta turnê e prometem ter no setlist, além dos sucessos da banda, músicas de seu recém-lançado nono álbum de estúdio, "Darkly Darkly, Venus Aversa".

A banda Cradle of Filth for formada em 1991 em Londres. O seu estilo musical tem levantado muita discussão, mas é considerado extreme gothic metal e symphonic black metal. Os seus temas líricos destacam-se por literatura gótica, poesia, erotismo, vampirismo, satanismo, mitologia e filmes de horror. Aposta numa caracterização maquiavélica de "criaturas guerreiras e demoníacas" e numa teatralização de movimentos. É tida como uma das bandas mais importantes do gênero e sua formação atual é:

* Dani Filth - Vocal
* Paul Allender - Guitarra
* James McIlroy - Guitarra
* Ashley Ellyllon - Teclado-backing vocal
* Dave Pybus - Baixo
* Martin Skaroupka - Bateria

Serviço:

Cradle of Filth no Brasil

SÃO PAULO:
Data: 18/12 – Sábado
Horário: 20h
Local: Carioca Club - Rua Cardeal Arcoverde, 2899 – Pinheiros – SP
INGRESSOS
Pista 1º Lote Promocional: R$80
Camarote 1º Lote: R$160
PONTOS DE VENDA
Galeria do Rock: Rockland: (11) 3362 2606 / Profecias (11) 3333 2364

PORTO ALEGRE:
Data: 19/12 - Domingo
Horário: 22h
Local: Bar Opinião - Rua José do Patrocínio, 834
INGRESSOS
R$ 79,99 (pista, 1° lote)
PONTOS DE VENDA
Lojas APlace, Back in Black, Zeppelin
Vendas online: http://www.ticketbrasil.com.br




quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Iron Maiden no Brasil



O site oficial do IRON MAIDEN foi atualizado com as novas datas incluindo apresentações no Brasil:

26 de março, sábado - Estádio do Morumbi, São Paulo;
27 de março, domingo - HSBC Arena, Rio de Janeiro;
30 de março, quarta-feira - Nilson Nelson, Brasilia;
1º de abril, sexta-feira - Parque de Exposições, Belém;
3 de abril, domingo - Parque de Exposições, Recife;
5 de abril, terça-feira - Expotrade, Curitiba.

Leia abaixo a tradução do comunicado:

IRON MAIDEN, junto com sua equipe e toneladas de equipamentos, estará novamente a bordo do Ed Force em fevereiro de 2011 para voar 50.000 milhas ao redor do mundo na gigantesca "Final Frontier World Tour", fazendo 29 shows e visitando 26 cidades em treze países sobre cinco continentes com Bruce novamente no assento do piloto, e abrindo mais novas fronteiras de territórios do Maiden!!!

O primeiro show será dia 11 de fevereiro em Moscou, de onde o Boeing 757, que contará com novo design para combinar com o novo álbum e turnê, voará com a banda para Cingapura e Indonésia para os primeiros shows do Maiden na região, antes de aterrisar na Austrália para atuar como headline em duas apresentações isoladas e participação em cinco datas do festival Soundwave. O Ed Force One então voltará sua atenção brevemente para o hemisfério norte com um show inicial na Coréia do Sul e dois shows em Tóquio, antes de prosseguir para o Pacífico, uma jornada que (acredite se quiser!) os levará a 6660 milhas para dois shows no México. Então seguirá uma ampla série de shows em estádios por cinco países da América Latina, incluindo a primeira visita à Belém, no Norte do Brasil, e, via Porto Rico, a banda segue para o último show desta parte da turnê em Tampa, na Flórida, EUA, no dia 17 de abril, exatos 66 dias após o início em Moscou!

Diz Bruce, "Nos surpreendemos pela fantástica reação de todos para com o Ed Force One durante a turnê mundial de 2008/2009. Como viram nossos fãs no filme Flight 666, que documenta todas as dificuldades e atribulações pelo qual passamos para literalmente tirar o projeto do chão, no fim das contas valeu a pena todo o esforço e complexo processo logístico com o qual tivemos de lidar! A banda e equipe se divertiram muito em viajar assim, portanto parece natural que esta etapa da turnê The Final Frontier prossiga da mesma forma de maneira que possamos atingir o máximo possível de fãs ao redor do mundo, mas desta vez estamos ampliando os limites ainda mais e seguindo para lugares onde o Maiden nunca esteve antes... ao estilo 'quebrando fronteiras'! Estamos ansiosos para tocar em Cingapura, Indonésia e na Coréia do Sul pela primeira vez, assim como em visitar novamente nossos fãs dos outros lugares."

"O set list será diferente do da turnê deste ano. Claro que tocaremos mais músicas do novo álbum e algum outro material recente, mas incluiremos uma dose saudável de velhas favoritas dos fãs visto que estaremos tocando para muitas novas caras que sabemos que irão querer ouvir estas músicas pela primeira vez. Vamos colocar no avião tanto quanto for possível da produção que usamos este ano, incluindo, claro, o Eddie, e esperamos repetir o espetáculo de luz em quantos lugares for possível. No final das contas promete ser uma fantástica viagem para todos! Vemos vocês todos em breve".

Desde seu lançamento em agosto pela EMI (UME nos Estados Unidos), "The Final Frontier" - décimo quinto álbum de estúdio da banda - os fez experimentar sua melhor posição nas paradas na história, atingindo o posto de número 1 em vendas em 28 países ao redor do mundo; do Líbano, Arábia Saudita, e Índia, ao Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Europa e América Latina, assim como atingiu o primeiro lugar em três paradas da Billboard (European, Tastemaker e Rock Charts), e quarto lugar nos Estados Unidos, a maior posição alcançada lá pela banda.

Tendo tocado 25 datas na tour norte-americana e alguns shows selecionados na Europa este ano, o Maiden vai fazer uma tour completa pela Europa no verão de 2011. Algumas datas já foram anunciadas, mas fique de olho no site oficial pelas próximas semanas e meses para mais anúncios.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Entrevista: Alexey kurkdjian


Alexey kurkdjian foi o responsável pelos arranjos orquestrais do CD A-Lex do Sepultura, já se apresentou com grandes nomes do rock , e recentemente liderando a Sphaera Orchestra interpretou a trilha sonora da série "A Cura" da TV Globo. Nessa entrevista Alexey mostra que além de músico é um ativista quando a causa é quebrar barreiras e preconceitos entre a música erudita e o rock.

Como começou sua carreira na música erudita?
R: Desde criança em casa se ouvia muito música erudita, no entanto nessa época, meu grande sonho era ser um cientista, o que acredito ter me influenciado no campo da criação musical, composição e pesquisa. Na minha adolescência ouvia, além da música clássica, muito rock e por acaso, comecei a tocar guitarra. Com o passar do tempo, fui me aprofundando, pesquisando novas músicas e novos instrumentos. Comecei então o estudo do violão clássico, o que me abriu muito a mente. Cantei em coros, onde aprendi a usar a voz da maneira adequada e foi quando conheci alguns professores que me ajudaram muito. Estudei piano, canto, teoria, violão, tudo isso sem deixar de ouvir rock. Consegui realizar, mesmo tardiamente, um sonho de infância, que era tocar violino. E meu interesse em ciências e grandes invenções, me levaram à composição e a pesquisa que é um campo muito vasto e fascinante. Toquei em bandas de rock e heavy metal por muitos anos, o que acredito ter me dado novas perspectivas. Música é um jeito de viver, é quase uma “religião” para mim. Portanto, prometi a mim mesmo que se fosse estudar na universidade, com certeza seria música. Entrei na faculdade, onde travei contatos com pessoas maravilhosas, desde colegas de classe até professores, e onde passei 6 anos estudando, pesquisando e descobrindo um novo mundo ainda maior daquele que eu já conhecia. Passei então a tocar em orquestras, dar aulas de violino, tocar em eventos, tudo para me manter financeiramente e seguir meu sonho adiante. Então surgiram oportunidades de reger orquestras e escrever minhas próprias composições, estreando-as sob minha regência em concertos que foram grandes acontecimentos na minha vida.

Como surgiu o projeto Sphaera Orchestra?
R: Sempre que trabalhei em orquestras, apesar de amar o que fazia, algo me incomodava. Senti que não era pra estar sentado tocando apenas, e sim dirigindo um grupo. Eu já tinha minhas próprias idéias de interpretação das obras e senti a necessidade de por em prática. Mas claro, com muita humildade, quanto mais se pesquisa, mais você vê que precisa saber mais. Cada regente tem seu ponto vista, e lá no fundo eu sentia que deveria dirigir e não apenas executar ao instrumento uma obra. Pensei então que seria onde eu pudesse realmente oferecer algo e mostrar ao público a beleza da música como forma de comunicação humana, e não apenas resíduo sonoro. Criei então minha própria orquestra, que originalmente se chamou Sphaera Ensemble (Conjunto Sphaera), um grupo independente, formado por jovens músicos, alguns formados na mesma época que eu, com o intuito de fazer música profissionalmente e como algo que se gosta de fazer, e não somente se deve fazer. Meu interesse estava na música produzida hoje, por compositores vivos, viver musicalmente o nosso tempo e nossa realidade, e isso inclui, é claro, o Rock, dentre os gêneros no qual nos focamos.

E por que Sphaera? Qual é o conceito do nome?
R: Sphaera em latim significa esfera. Escolhi em latim por se assemelhar tanto com o português quanto com o inglês, facilitando a compreensão, além de ter um charme a mais.

A esfera é a forma geométrica perfeita, estudada desde a antiguidade pelos grandes filósofos e astrônomos (as grandes mentes da humanidade). Por ter esse sentido de completude, de infinito e de agrupamento, o conceito gira em torno da idéia de união, ou seja, união de artistas, formas diferentes de fazer arte, gêneros musicais reunidos, ciência como arte, e assim por diante.

Englobar e globalizar o que o ser humano faz de melhor, esse é um dos conceitos da Sphaera.

A partir de que momento você resolveu integrar a música erudita com o rock e a música popular?
R: Assim que criei a Sphaera Orchestra, me concentrei mais no repertório erudito do século XX e contemporâneo, compositores vivos. Mas sentia profundamente a necessidade de fazer música popular, pois nunca a deixei de lado. Como o rock é o que eu mais entendia de música popular e gostava, resolvi fazer da maneira que ouvia em minha mente. Foi algo natural, de impulso artístico. Além do mais, rock é música contemporânea, trilha sonora de filme também, assim como a música composta para videogames e outras mídias.

Como tem sido a recepção do público roqueiro em relação aos arranjos criados por você de bandas como Iron Maiden?
R: Eu creio no público em geral. Mas, ao subir no palco, vestindo a casaca, e ao invés de guitarra, empunhar a batuta ou mesmo o meu violino, a identificação com o público roqueiro é instantânea.

Dentre o público em geral, o roqueiro é o que mais se sensibiliza ouvindo suas músicas preferidas executadas com a interação da orquestra. Eu mesmo escrevo as orquestrações e procuro sempre compor novamente aquilo que estou arranjando. Digo isso no sentido de que a orquestra não deve ser um mero acompanhamento da banda, e nem o contrário. Portanto, acima de tudo, escrevo o que sinto sobre a música na qual estou trabalhando. Na verdade, o próprio material sonoro do rock já me proporciona muita familiaridade entre esses dois mundos que são do mesmo universo.

Rafael Bittencourt também faz parte da Sphaera? Como você se conheceram?
R: O Rafael faz parte da Sphaera Orchestra. No entanto, ele tem seus compromissos com seu projeto solo e com o Angra. A Sphaera Orchestra continua sempre mesmo que algum membro não possa participar de certo evento. Isso é legal, pois estamos sempre fazendo coisas novas. Conheci o Rafa ligando pra ele (rs). Tinhamos um vocalista, que por motivos de força maior, teve que deixar o grupo. Estive pensando em quem chamar para um concerto em especial, que já estava agendado.

Foi quando ouvi pela primeira vez o Bittencourt Project e pensei: “Quero o Rafael cantando na Sphaera Orchestra”! rs

Gostei tanto de descobrir o Rafael como vocalista, pois quando canta não tenta ser ninguém mais além dele mesmo. Isso é algo raro hoje em dia. Tinha de ser ele. Então liguei pra ele, que já conhecia um pouco do meu trabalho, e ele topou. Ficamos muito empolgados em trabalhar em conjunto, tanto que ele me convidou várias vezes para tocar violino em seu projeto solo, o Bittencourt Project.


Você também participou ativamente do CD A-Lex do Sepultura, como surgiu o convite?
R:Eu era o fã número HUM do Sepultura na minha adolescência (rs). Tocava versões de algumas músicas deles e defendia com garra diante daqueles radicais sem cultura alguma.

Conheci o Andreas Kisser num show que eu estava tocando com minha antiga banda, na abertura do show do Biohazard, em Santos. Ele estava lá pra fazer uma Jam com os amigos norte-americanos. Depois do meu show, fui ao camarote para assistir ao Biohazard e lá estava o Andreas e sua esposa. Cumprimentei, mas não fiquei “tietando” (rs). Então ele me chamou e disse que curtiu muito o meu estilo de cantar e ficou impressionado com o fato deque eu cantava, tocava e ainda era o solista e compositor das músicas. Na época, o Max estava deixando a banda, foi quando me enviaram uma fita com uma música nova para gravar minha voz fazer teste na banda.

Desde então, nos tornamos amigos, embora estivéssemos sem contato por alguns anos.

Lembrei que ele havia dito que o sonho dele era tocar com orquestra, já que ele toca violão clássico muito bem. Quando formei a Sphaera Orchestra pensei em realizar esse sonho pra ele, mas ele fez o contrário e realizou o meu (rs). O disco A-LEX devia ter algo que lembrasse Beethoven, pois o personagem Alex ( Laranja Mecânica) é um grande apreciador de sua obra. Foi então quando tivemos a idéia de juntar a Sphaera Orchestra com o Sepultura para gravar um arranjo que eu, Andreas e Jean Dolabella fizemos do quarto movimento da 9ª Sinfonia de Beethoven. Trabalhamos juntos desde o início da produção até o final, foi fantástico. Eu reescrevi a orquestração para adequar nesse projeto que chamei de Sepul`Sphaera (rs).

Como foi interpretar a trilha sonora da série "A Cura", da TV Globo?
R: Uma experiência fantástica. Sempre fui grande fã de trilhas sonoras (aquelas orquestradas) de filmes, desde os antigos até os mais novos. Quando o Edu Queiróz (compositor da trilha) me convidou para essa parceria, fiquei muito feliz. Os músicos adoraram, bem como a produção.

Nesse projeto creio que a Sphaera Orchestra está fazendo um trabalho de re-inclusão da música orgânica, e não apenas a digital, às trilhas de filmes e séries nacionais, ao lado de artistas visionários que prezam pela musica feita por músicos e não apenas por computador, como o diretor da série e o compositor da trilha.

E hoje quais os projetos você está envolvido atualmente?
R: Compus a trilha sonora de um curta-metragem chamado LUZ, de produção independente, produto de jovens e talentosas diretoras e atrizes como Bruna Capozoli e Carol Hubner. Eu assino a composição da trilha orquestrada, e o mais interessante foi ter tocado a música ao vivo juntamente com a projeção do filme em sua estréia.

Quais os próximos passos da Sphaera Orchestra?
R: Tenho projetos em andamento com a Sphaera Orchestra e também “solo”. Como violinista, tenho um duo com o Andreas Kisser ao violão, estamos ensaiando músicas clássicas e rock para apresentar em leituras inéditas. Venho fazendo arranjos para grandes artistas do rock, assunto o qual falarei numa outra oportunidade. Com a Sphaera Orchestra, estou batalhando para a reformulação da marca, um novo website, uma gravação para o ano de 2011 e uma possível viagem à Nova Zelândia, pais com o qual venho fazendo importantes colaborações com um compositor muito talentoso, e com a cultura da região. Vamos também continuar o trabalho de inclusão da música de concerto com a popular, especialmente o rock e metal, em novos projetos, levando para o público roqueiro e outros, com o intuito de formar conceitos, e não deixar perpetuar o “pré-conceito” que infelizmente ainda existe. E claro, o mais importante: Música para aqueles que pouco ou nenhum acesso têm, como comunidades mais distantes e menos favorecidas culturalmente, para que tenham o direito de conhecer, formar conceitos ou simplesmente ouvir e se emocionar com o um belo concerto musical. O importante é que a pessoa, ao final do concerto, vá para casa com algo bom em sua mente e coração.